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15 de agosto de 2011

DROGAS NA ADOLESCÊNCIA: DEPOIMENTO DE UM PAI DE UM DEPENDENTE...


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COMPORTAMENTO

  • Texto:
publicado em 26/06/2011 às 04h50.
Luiz Fernando, vice-presidente do Grupo de Apoio Familiar Amor-Exigente, contou ao Arca Universal como encarou a dependência do filho
Por Michele Roza
michele.roza@aracuniversal.com

Sou pai de quatro filhos e há uns 10 anos tive problemas com três deles usando drogas, quando tinham entre 16 e 17 anos de idade. Em um primeiro momento, eu não me incomodei muito, achei que era passageiro, um modismo, mania da turma. Mas fui percebendo que aquilo estava deteriorando relações familiares, a vida deles e que estavam com dificuldades escolares. Minhas duas filhas faziam uso recreativo e abusivo, mas não tiveram problemas. O Felipe, porém, se aprofundou demais, tornando-se um dependente químico.
Sinais que apontaram Felipe como um dependente
As relações dele começaram a ficar cada vez mais complicadas comigo e minha esposa, uma situação de enfrentamento. Ele estava apático, só queria ficar deitado ou sair com amigos - pessoas que também faziam uso de drogas, porque aqueles que não usam acabam se afastando naturalmente. Deixou de estudar e foi pego usando drogas no clube que frequentávamos. Foi suspenso e perdeu o direito de frequentar o local.
Os primeiros passos para ajudar o filho
O meu primeiro passo foi procurar profissionais da área de saúde. Busquei psicólogo, terapia familiar, psiquiatra, vários caminhos, até o grupo de apoio familiar (ao qual credita boa parte da recuperação do filho). Nós não poderíamos ser injustos e dizer que foi apenas e finalmente lá que encontramos a solução, mas tudo o que eu fiz antes me levou à conclusão de que eu precisava mudar o comportamento da minha família, e isso eu consegui dentro do grupo.
O jovem precisa ter consciência de que está doente e querer se tratar
Infelizmente o jovem só acha que precisa de tratamento quando já está no fundo do poço, teve perdas muitos grandes, foi preso ou, enfim, aconteceu alguma coisa ruim com a sua saúde. Com o Felipe também foi assim. Ele achava que usava e parava quando quisesse como a maioria deles fala para os pais. Esse reconhecimento vem depois do tratamento, durante a internação ou quando começam a frequentar os grupos de apoio. Enquanto o jovem está ‘na ativa’, não vem.
A internação
Esse recurso é uma última cartada e tem que ser muito pensado. Eu percebo que as famílias querem logo de cara internar os seus filhos, como se quisessem se livrar do problema, e aí as coisas não dão certo, porque é necessário um tempo correto para essa internação. É preciso que antes a família faça suas modificações de comportamento, que os pais e os irmãos se reposicionem, que todos estejam conscientes e, aí sim, por último, o indivíduo vai buscar o tratamento.
A relação entre pais e filho
Na época eu não sabia o que havia levado o meu Felipe a usar drogas. Hoje, eu vejo com clareza algumas coisas, entre elas, a falta de limites que ele encontrou dentro da família. Era uma relação um tanto quanto permissiva e eu acredito que era um pouco tumultuada no sentido de que não havia muita clareza entre a autoridade de pai e a obediência do filho. Existia um pouco de mistura, uma relação mais de amigo do que de pai e de filho. Depois da identificação da dependência e durante o tratamento, começamos a exigir mais disciplina, que ele cumprisse com os compromissos, que participasse e cooperasse mais em casa, tudo isso através de pequenas metas que o grupo foi nos indicando. A conclusão disso tudo foi que ele aceitou ser internado.
Recomeço
Eu considero a recuperação do meu filho uma história de sucesso. Apesar de sabermos que a dependência química é uma doença e que ele precisa estar sempre sóbrio, limpo, sem o uso de drogas.
Logo após a internação, o Felipe saiu e recomeçou a vida. Em um primeiro momento, como recomendado pelo grupo de apoio, buscou trabalho. Depois de um tempo voltou a fazer faculdade e a pagava com o próprio salário. Antes não era assim, eu pagava o curso dele. Na faculdade ele conheceu sua esposa, casou há dois anos e hoje, com 27 anos de idade, é uma pessoa bem posicionada socialmente, tem amigos, boas relações comigo e com o restante da família. Eu acho que a família precisa estar muito próxima do dependente químico, porém, ela precisa estar bem orientada. Se não souber como lidar com a situação, acaba prejudicando, porque tem um grande peso na vida das pessoas.

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